Deserto, desoriente!
Se um dia me lembrarem
Não estarei mais aqui
Nem ali, nem lá,
Tão quanto acolá
Hei de estar em vôo
pelo Oriente, na escalda do deserto
Em fuga indescente
Corpo a arder, sangue em fervura
ao gelar da noite, o exalar da luxúria
Vinde a mim os pássaros
mas que venham em forma
para fazermos do vôo
o louvor de toda hora