O maquinista
Atestado por ruas e provado por bocas,
Eis comentários contrários,
Algo que fica na cabeça
E que não é toca nem chapéu.
Pouca é a água que afugenta
O fogo na lenha do falatório,
Inconstância de versos?
Não.
Eis um poeta a dizer de fofocas?
Eis que julgamos alguns cidadãos como
Focas, algo que só, algo solitário,
Algo que nada mas não anda e não fala.
No circo de versos livres,
Diversas são as formas de se ler,
Se há em falta de sonoridade
Logo pode parar de o fazer...
Um poema é como um amigo:
Ele não é um dever,
Fazê-lo, de exercício, é lei da física,
Não atestamos fazê-lo por fazer, e por outro viés
Portanto se ama fala a verdade,
Se mente,
Pare de escrever.