O florista
Quantas rosas morrem para um só buquê?
O peso de símbolos e poder sobre seres,
Deveres que desprezamos,
Matamos uma planta e julgamos isso,
Não ser isso.
Pra tantos planta é planta,
E prus poetas: rosas,
Camas de rosas,
Mulheres como rosas
E tão plenas de beleza,
Logo logo em mero fim.
Mas que os poetas continuem, para mim
Meu amor não é uma rosa,
Não a arranquei de seu caule,
Ela que viva com suas raízes!
Eu viverei como observador.
Pra quem se julga vaso
És um amante raso,
Quem da planta rouba flor
É um falso poeta raso,
Eis que amor é de fato
Algo do observador.