A prática da subjetividade
Subjetivo delírio, esse
Que me impera
Da cabeça aos pés,
Como se eu visse, em você
A imagem em viés
Se dobrando em cores
Em arpoadores e pincéis...
Subjetivo delírio, esse
Que me obstina
Da letra A ao fim do mundo,
Como se fosse, só permitido pertencer
Às nuances, ao mais fundo
Da parte que alucina.
E é como se eu,
Já pudesse prever
Você, atrás da cortina!
Subjetivo delírio, esse
Suando reflexos suspensos
Tipo de prazer e asfixia,
Como se fosse de fato, só entender
O que passa diante dos olhos
Atravessando com volúpia
O corpo da poesia!