Remanso

Remanso

Desce em torrentes assombrosas

Água suor e lágrima

As escarpas deslizantes

Arrastam meu corpo nu

Num desejo em desatino

Orvalhado do teu suor

Um rio transbordante em mim

Enche a lua de esperança.

O silêncio benfazejo

O teu olhar ausente

A indiferença da lua

O ar sereno manso

Tocava minha pele

Aquela nuvem escura

Que se desmanchava

Sobre uma rua escura.

O lago azul da esperança,

A taça de vinho branco

Onde afundou-se o teu olhar

E ficou a borbulhar

Minhas juras de amor

Soltas no ar.

Roseli
Enviado por Roseli em 28/10/2010
Código do texto: T2583700