Escrevocráta
Foram as flores e os dois ouvidos.
Por muito tempo em jardins sonoros bravos
Dedilhavam lutas contra o som das nuvens.
É certo que entender algo surreal é péssimo.
É certo mesmo não ter certo,
Ser livre poético e pouco explicar, pois ao escritor,
Redigir seu universo
É algo menos perverso
Do que explicar o ar de nosso mundo,
A vida de quem vive no fundo
Do pseudo-oceano da sorte,
Nossa sorte de cada dia?
Poder ler a vida,
Parafraseá-la mais de uma vez.