Porteiro de fazenda, síndico de pasto, segurança de cipó
Longos foram os termos sociais que fizeram nossa vida,
Nosso cotidiano é feito de leis e de formas,
E se formas fossem diferentes?
E se colossais edifícios fossem obras isoladas
No campo com o intuito de ajudar a agricultura?
Nossa geografia desabitada composta de dez andares de celeiro,
Tudo com/pelo maior uso de espaço,
Mais plantação, mais chance de saber dividir comida,
Dividir espaço, não explorar o próximo,
Não deixar uma parte da gente com fome e frio de chuva...
Sabe...
É mesmo loucura, cogitar que engenheiros iriam para o meio
Do cerrado construir um Rocha e Silva?
Todo ser que quer fugir da cidade
Chega na roça,
Loca-se no mato,
Faz cabana e já faz a primeira coisa que aprendeu na cidade:
Limpar o terreno e construir!
Uns convivem em bom uso,
Outros parasitam os recantos da terra,
Ou seja,
Pode ser em qualquer currutela,
Tudo quanto é tipo de lugarejo,
Sempre vai ter um ali, preguiçoso.
Um jocoso capataz do anti-progresso,
Um que estagna glória sucesso,
Um, que faltávamos falar,
Com você, tcharam! O político. Um eterno fazedor de castelos, ou prédios em cerrados, ou caatingas, ou até mesmo Brasília, ou até mesmo, construções na face.
Ou guaribada facial.