BEIJO ETERNO.

Vais me deixar? De novo? Duvido,amor.

Duvido que esqueça que te fiz sorrir.

Vi no brilho dos teus olhos algo novo.

No meu abraço amoroso pelo seu dorso.

Nas minhas mãos que sabem tão bem .

O caminho sinuoso e quente do teu corpo.

Duvido que esqueças dos arrepios e tremores.

Do meu abraço , por trás, como um vampiro.

Quando beijava e mordia no seu frágil pescoço.

E vc dizia não ,para não deixar marcas roxas.

E eu obedecia , e como um doido, beijava suas coxas.

A parte interna de suas coxas e ficava mais louco.

Com o cheiro do pecado e do prazer do seu sexo.

E matava a minha sede no poço do seu sexo.

Parecia que eu tinha a sede de todos os desertos.

Parecia que eu tinha a fome de todos os países africanos.

Parecia que eu tinha a calma de um D.Juan soberbo e soberano.

Eu tinha a lança de uma chama dura e vibrante.

Eu dominava você sobre todos os aspectos.

Seus ais só me davam mais controle sobre o seu sexo.

Fui seu senhor , seu paizinho , seu querido,seu cafajeste.

Vc falava palavras que eu não entendia.

E eu olhava pra vc , era minha tara deixar vc submissa.

Fui seu rei, seu professor, seu predileto artista.

Vc pedia mais e eu dava a tua lauta comida.

Eu queria mais e vc me dava mais com um ar de bandida.

Eu não te reconhecia nesta hora.

Vc não me reconhecia nesta hora.

Não sabíamos se erámos feras ou humanos pervertidos.

Mas não havia a cobrança do feito consumido.

Depois do gozo , dos suores,das secreções, dos grunhidos.

Meu peito arfante procurava seu abraço enternecido.

De olhos fechados eu via que vc olhava pra mim.

Quando me acariciava de um modo tão agradecido.

E ficávamos calados em silêncio tão cumplice.

Que não precisava palavras para se explicar .

O que já estava entendido, um pacto sensitivo.

Vais me deixar? De novo?Duvido, amor.

Duvido que arranque minhas marcas do teu corpo.

Duvido que esqueças do meu sorriso manhoso.

Do principe que fez do teu reino um estado do gozo.

Dos carinhos que fiz vc dormir e sonhar.

Do escravo pronto pra te servir ao menor esboço.

De um homem apaixonado que só conjugou o verbo amar.

Duvido,amor.