Sem glorias

Não me faço de rogado ou vencido,

Pela morte triste não temo

Vivo a vida intensa

Do barco sou proa,sou remo.

Não sou por águas levado

Antes a elas guio

Sem medo da noite ou ondas

Não temo, sou rio.

Escuras e frias marolas

Lançam-me a revelia

Ainda assim sou mais forte

Não me rendo à maresia.

Se ainda assim não me sabes

Quem sabe um dia verá

Que pouco ou nada me assusta

Nem nunca jamais vencerá.

Se o sangue que me corre nas veias

Vermelho ou negro, não sei

Quem sabe se um dia, vencido

Revele, apenas amei.

Vencido pelo amor, o infante

Sem forças sequer pra lutar

A lagrima a escorrer-lhe a fronte

Revele seu medo: Amar.

Não por covardia ou medo

Nada lhe pode vencer

Apenas os olhos da amada

O guerreiro teme perder.

A derrota por si,desconhece

O amor lhe é fortaleza

Nada na vida inglória

Lhe tira a coragem ou destreza.

Ainda que ame em segredo

Forte o guerreiro se faz

Deixar a vida sem glórias,

Renegar esse amor, jamais.

Campinas: 04/10/10

JAlmeida
Enviado por JAlmeida em 04/10/2010
Código do texto: T2537937
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