Crime incruento
Matar-te,
como te imagino
sempre.
Matar-te,
como te vejo
sempre,
promíscuo,
à procura de Ego
escavado nos seios
da que está contigo.
Matar-te,
como te sinto
sempre,
fazendo da vida
uma esfera inatingível
jogada aos teus pés
que não pisam a terra.
Se pudesse matar-te
como te penso,
matar-te-ia.