SOMBRIA MADRUGADA

Meia-noite, madrugada feia,

Hora de treva sombria.

Almas penadas vagueiam,

Corro pra cama macia.

Joelhos tremem e então,

O pavor toma conta de mim.

Quero dormir, mas em vão,

Impossível, apavorado assim.

Gritos e gemidos reais,

Na casa "bem-assombrada"

Passam as horas, minutos fatais

E o relógio toca a sua balada.

Então do galo ouço o canto,

Amanhece no sertão,

De um salto me levanto,

E do pesadelo acordo então.

(Que fique claro que não acredito em assombração. Apenas licença poética.)