Nossos corações são velhos casarões

Fora do corpo, edificado ao gosto antigo,

Lá se vão meus queixumes!

Cheio de cores cambiantes...

E viva luz a fornece-lhe os lumes.

Meu gosto está distante...

É ele sempre o centro deste redondel de sentimentos

Que me ocupam os pensamentos e,

Todos os espaços.

Pelo dia afora se precipitam como saudade iluminada...

Revestidos das cores que terminam com tons azuis.

E ao crepúsculo: ouro!

Cercado da púrpura dos ais...

Galanteio moderno a encobrir tristezas...

Exagero de casa abandonada!

Casa velha da sua ausência...

Das eiras, beiras e longa fachada.

Um tanto feia, é verdade, mas desculpa-se

Pela vegetação da vida,

Que sempre pede mais um tempo!

Que sempre amenizamos na aflição.

Lá se vão meus queixumes edificados e com faixada.

Justificam os exageros que fiz do amor!

Animando ruínas desta casa abandonada;

Nossos corações são velhos casarões na mesma dor!

De Magela

DE MAGELA POESIAS AO ACASO
Enviado por DE MAGELA POESIAS AO ACASO em 22/09/2010
Código do texto: T2513442
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