Concha de Veludo
O poeta se apercebe de si;
Quando contempla o mundo;
Encaracolando um labirinto;
Em conchas de veludo.
É molusco na úmida relva;
Disputando sol e sombra;
Camaleão em densa selva;
Feroz leão que ronda.
Com verdes galhos abraça;
A teia complexa da vida;
É ponte para a velha barcaça;
Na tempestade que se aproxima.
E com gotas de orvalho celeste;
Peroladas pelo arco- iris;
Pinta um destino silvestre;
Provedor de nossos víveres.
ACCO