No tempo dos deuses nós éramos conchas

Pede por nós

Todos os erros,

Desesperos da terra,

Nossos incestos pelo mar,

Defeitos a pairar,

O recinto de nossos corações,

As profundezas de nosso ego,

A pestileza de nosso ser,

A hipocrisia nossa de cada dia,

Num prato,

Diante de Deus,

E daí o mundo,

Aos pés dos com dinheiros,

Daqueles que não possuem fé,

Dos desarmados de alma,

Da fiança adquirida nos mosqueiros,

Na oferenda dissimulada,

Pede tudo e não oferece nada,

Assim de derrocada desce sua alma aos fundos.

Deixa mulheres para se tornar defunto.

Hoje enterrado as sombras de uma

Jaqueira,

Hoje, o ultimo fôlego da calma.