Chegando o dia de falar de arte
Então foi da sanfona seu primeiro surto de escrita.
Quando de um barro fez uma peça soube equilibrar a balança.
Tudo se moveu no teatro de pano e boneco e trança.
Depois cena e cinema fizeram vez.
E cada foto fofa abraçou um quadro fosco.
Das capas de plástico, bandas e grupos populares.
Das bandas sarais gostosos.
Das sanfonas locais, sarais divertidos tingidos de ouro e sisal.
Teve uma aurora na poesia, crônica na tarde, conto na noite e fim de Haikai madrugador.
Amanhã texto vira vulto, logo luto, posteriormente amor.
Logo muitas mãos lutam num vernissage louvado,
Do que era medíocre, nada.
Estátuas dançam por trupes planetárias.
Um texto descreve arte e pronto.
Um astronauta descreve marte sem ponto.
Uma letra? Uma lousa primeiro meu caro amigo.
O que ouça e o que vale bem fica POP.
Temos logo rica feira,
Aqui é sim,
O palácio em esplêndida exposição.