EROTISMO ASTRAL
O calor latente de seu corpo molhado
Estremece minha alma, minha doce ser apaixonada
Nessa noite quente
Os desejo carnais permanentes
Sua pele branca realça com a escuridão das sombras
Sua boca escarlate clama por um beijo molhado
Feche os olhos criatura nortuna
Eleve a sua alma ao vale das almas soturnas
Desça de seu pedestal sanguinário
Nada aqui é imaginário
Como que num gesto nobre e profano tornou-te em meus braços
Sob a vigilância do grande deus Baco
Despejo uma garrafa de vinho sobre seu corpo nua
O desenho avermelhado da bebida instiga-me como odesejo sangrento de um corvo
Minha língua percorre o seu pescoço
Sua a doce bebida da sua pele macia
Percorro os desenhos tatuados de negro, minha eterna cria
Meus caninos pontudos atravessam-te lentamente
Num toque sereno, beijo-te docemente
A dor carnal não mais está presente
A agonia da alma agora está ausente
Nossos corpos saudosos confunde-se na escuridão
Nossos gritos soturnos soam como berros sem lamentação
Seco todo o vinho de seu corpo com minha língua avermelhado
Seus olho púrpuros encaram-me na relva molhada
Seus seios voluptuosos excitam o meu corpo
Mostre-me oh dona de profana beleza, suas garras malevolentes
arranha minha carne
Profanize-me sem piedade
Sugue o doce sangue eterno
Na imensidão desse universo
Depravamos as almas amantes
Susswurramos como dois coites uivantes
Venha, venha donzela das sombras
Deixe-me penetra-me em seu corpo
Sinta o prazer carnal que te proponho
Em movimentos doces e circulares
A dança sensual carnal, chega forte como grandes mares
Nessa noite sangrenta,
Nessa noite vadia,
Lambuze-me com toda sua idolatria
Sua boca macia ainda quer a minha
O sangue em nossos lábios erotiza nossos beijos
A doce mordida, com um laço
Prende os nossos desejos
Minha mão percorre o seu corpo quente
Minhas garras desenham forma em ti, oh ser reluzente
Acaricio-te, seduzo-te, adentro-me em sua alma
Adentro-me em seu corpo
Nossos órgãos como duas crianças noturnas
Entregam-se em nossa juventude impura
Gemidos do seu eterno prazer