Poesia de olhos e de pernas
Para que um verso possa nascer;
Tomar forma, rima e conteúdo;
Basta um sorriso prevalecer;
Nas lágrimas de um viaduto.
Se a brisa esvoaçar as cortinas;
Nas lentes da desolação;
São véus que desanuviam;
Deixando mais rico este refrão.
Não existe uma regra para inspiração;
Já que é viajante dos apaixonados;
Seu tempo busca qualquer distração;
Procurando por olhos encantados.
Como se não bastasse a eternidade;
Resolveu embelezar a própria criação;
Trouxe para a existência total liberdade;
E em suas asas o dom da imaginação.
ACCO