Dona Morte

No primeiro cantar dos galos

A noite vem chegando

E o que é dos vivos

De despedindo

No primeiro cantar do galo na madrugada

Os portões da noite

São abertos

Liberando todas as sentença de maldade

No cair da noite a luz dá lugar para as trevas

E a Morte vem buscar o que foi deixado no dia

Gélida

Mortal

Sem feição

Ela busca as almas penadas

Que caíram para sempre

Com seu andar calmo

Ela não descansa enquanto não cumpre sua missão

Corpos gelados

Espíritos confusos aos lados de seus corpos

Até que ela chega

E nesse momento demonstra um sorriso vitorioso

Pois mais uma noite cumprira sua missão gloriosa

Levar para o barqueiro as almas perdidas na luz do dia

E as muitas almas escolhidas ao anoitecer

Não tem como se esconder

Não tem como fugir de seu olhar mortal

A morte nos cerca e nos conduz ao mais profundo e secreto dos locais

Sem direito à volta sem direito a retorno...

Bruxa do Silêncio
Enviado por Bruxa do Silêncio em 06/09/2010
Código do texto: T2481066
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