A caixa

Em minhas mãos

trêmulas

pesam o mundo

e a caixa dos mistérios

a caixa de Pandora.

Os olhos do infinito

buscando o caminho

de cores e saudades.

Eu preso

preso em meu vazio

e da caixa

aberta em minhas mãos

brotando mais mistérios.

E me calo

quando deveria falar.

E me escureço

quando deveria olhar.

E me esqueço

quando deveria lembrar.

E na solidão de sempre

me encontro dentro

da caixa do infinito

e me afogo

nas dores do mundo

e me faço mistério

da ilusão perpétua

no sentimento mais vil

e mais profundo.

Luciano Cordier Hirs
Enviado por Luciano Cordier Hirs em 05/09/2010
Reeditado em 26/09/2022
Código do texto: T2479520
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.