A caixa
Em minhas mãos
trêmulas
pesam o mundo
e a caixa dos mistérios
a caixa de Pandora.
Os olhos do infinito
buscando o caminho
de cores e saudades.
Eu preso
preso em meu vazio
e da caixa
aberta em minhas mãos
brotando mais mistérios.
E me calo
quando deveria falar.
E me escureço
quando deveria olhar.
E me esqueço
quando deveria lembrar.
E na solidão de sempre
me encontro dentro
da caixa do infinito
e me afogo
nas dores do mundo
e me faço mistério
da ilusão perpétua
no sentimento mais vil
e mais profundo.