Ela não era Anastácia
Eram amigos, eram mais que amigos,
eram enamorados, eram almas entrelaçadas,
eram despojados, eram lado a lado
eram feriado, e dia de sol.
Mas era fruto proibido, não era permitido,
ela não era Anastácia,
e por mais que lhe valesse a vida,
aquele amor não era seu.
Certo dia disse adeus,
olhou para trás para lembrar da cena,
quis ficar um pouco mais,
mas só restava a incerteza.
Deu o último abraço,
e no abraço, o moço pôs seu coração no bolso,
e ela partiu sem esperanças,
carregando um coração que não era seu.
Com o tempo remexeu o casaco velho,
e encontrou um coração sincero,
mas amargurado pelos anos no esquecimento,
ela jamais imaginara que ele lhe espera.
Contudo fez escolhas,
decidiu suspender seu coração longe de si,
não suportava andar com ele na mão,
criando utopia, ilusão, amor na escuridão.
Mas continuou com o do moço,
que era mais viçoso, e vermelho,
ele ainda aguarda e espera,
a moça apressada e maluca..
do outro lado da estratosfera.