O Rio da Existência
As correntezas sombrias do rio da existência tentam afogar a minha alma imponente, esbelta, surpreendente! Meu corpo padece pelos males enojadores que compõem estas águas da vida sem sentido, mas minha alma, em seu mundo próprio, no fundo do meu profundo, é intocável.
Pedras, troncos: obstáculos no agito das águas. O mal vem em forma de navegadores... Todos contra a minha parte imaterial que continua sorrindo, ainda que meu corpo vá se exaurindo.
Mas um dia meu corpo partirá, da existência se despedirá, do sofrimento se libertará... Então não será mais necessário a minha alma velejar.
O Bruxo