VOZES AUGUSTIANAS
VOZES AUGUSTIANAS
SERLEY DOS SANTOS E SILVA
Teu ego transcende o além túmulo,
Vozes ecoam na abissalidade da tua memória.
Oh! Poeta do teu eu exaure uma espectralidade biológica,
Tira do humo o musgo, tão flácido fluindo no teu mundo,
Tu, não dormes como os Discípulos do Senhor no Getsêmani.
Teu eu puro, livre de excrescências da crueldade do mundo,
Oh! Poeta no teu eu reside um amor, um amor sentido, que não vem de Darwin, nem de Lacan, nem de Freud e nem de Descartes,
Vem além da filosofia humana,
Vem das lonjuras de um poeta, que canta além dos muros físicos.
Tua poética livre das excelências do mundo, filha do mundo.
Ela vai além do túmulo vazio, vozes incontidas na ânsia do sabor acre da vida,
Oh! Poeta, Oh! eu augustiano,
Tu és livres, como teu pensar,
Viaja além da escuridão, no vácuo do mundo, sem fronteiras, sem eiras, eivados de seivas do torpe chão.
Na punctariedade do ser,
Além de uma única vida,
Vozes que alimentam, não atormentam o teu eu,
Vozes sentidas na batalha da vida, vida contínua, aqui e para além,
Sentes, oh! Poeta o teu destino,
Tão desconexos os feitos, pequenos feixes conexos em teu eu,
Tu não estás livre do teu destino, que é cantar nas brisas científicas, o caos fétido do destino insólito,
Caminha livre, oh! Menino, da ciência à vida,
Mergulhado no grande destino,
O destino do próprio homem, num querer que não desmente,
A dor que deveras sentes no habitado, no inabitado, no alado eu,
Para sempre....
Eu y A