Na rua da solidão
Nessa rua de arrabalde
onde finda a humanidade
vão escorrendo meus dias
misto de solidão e saudade
Ouço passos na calçada
neste triste fim de tarde
na certa outro solitário
fugindo de algo que o arde
Talvez fuja da saudade
quiçá de um amor covarde
na rua da solidão
enquanto morre a tarde
Parou de fronte a parede
pegou um caco de carvão
rabiscou o nome dela
dentro de um coração
Feito isto foi embora
assoviando uma canção
reinou de novo a saudade
na rua da solidão