Sol da Minha Vida
Pela primeira vez sentei-me diante do sol
e foi uma grande liação que aprendi nesse dia:
- o sol vem de longe e ilumina tudo.
Ninguém é nada para ele. Tudo é igual.
Tudo para ele é importante.
Seus raios caem sobre as árvores, sobre a grama,
sobre as águas, sobre as pedras e até sobre o lixo:
- isso me comoveu. O sol deita seus raios sobre
o lixo sem se sujar, sem se corromper.
Percebi que a todos ele dá o seu calor.
Percebi que as árvores se alegram com seus raios,
pois eles são suas vidas.
Percebi que que o sol oferecia todo o seu calor,
sua , sua luz para as pedras, e estas permaneciam indiferentes.
Para todos, o sol pouco importava.
Mas o sol continuava o mesmo.
O sol não se diminui perante a indiferença das pedras,
não se corrompe perante o lixo. No meio disto tudo,
percebi que como que um sussurro, alguém falava baixinho.
Eram as árvores, a natureza viva que dizia:
- obrigada sol, sem você nós estaríamos mortas.
Era a água que rezava: obrigada sol, sem você, eu seria um gelo
sem vida. Eram os pássaros que cantavam: obrigado sol,
Ah! Sol da minha vida.
Quero ser o pássaro acordado todas as manhãs
pelo calor de teus raios e pela luz da tua vida,
e que eu mostre que contigo aprendi a ser sol.
Carlos Marques