Tempestades...

O tempo não é meu inimigo

Tudo passa, mais o passado levo sempre no ouvido.

Por escutar que a vida vai ser melhor um dia

Só que penso em um tempo oposto ao presente

Pois o futuro é meio ingrato mais ele passa em uma corrente

Uma linha se forma nesse horizonte ensolarado

Por tentar ver uma ponte e um espantalho

Que se define para assustar o que ainda tentamos ver

Dentro de uma caverna que precisamos sair para entender

Já mudei os meus rumos

Deixei de lado minha própria agonia

Escrever se tornou meu calabouço

Falar o que eu sinto a fuga de minha rima

Não escondo o que o tempo deixou de passar

Mais deixo palavras que o vento pode levar

Na certeza que fiz versos e lancei no meu peito

Incerto é meu destino passageiro

Que diz ser a minha vida em um só dia

Só quero que tenha certeza não sou autista

Mais tento ver na minha lua

O que o mar faz ao acordar

Já pendurei os meus espelhos na porta de plutão

Mais terminei sonhando com Platão

Que tentou sinalizar uma republica sem artista

Acordei do pesadelo á pensar

O que seria do universo sem um alquimista

E descobri que da minha janela vejo o que aparelho de molas quer que eu veja

Mais saio dessa agonia na certeza

De esperar o que ainda não deixei por aqui...