SACIS ETÉREOS
As enguias soltas em meu jardim
Os cavalos doidos e suas bostas vivas
Espalhados no quintal
Entro pela fresta no céu e mordisco
Um sol do céu de bocas se sua luz
Assim o permitir
Um arco-íris orla e transborda a besta sã
Num horizonte perdido
A atmosfera fede a ozônio e o pequeno deus
Cheira a jasmim
A vala na calha, a fileira de formigas conscritas,
Um beija flor, as aeronaves e os jardins alados
Com duendes engaiolados com os sacis
Tanques apostos para a sinfonia dos quartéis
E seus gritos de guerra sem alarde
Reflexo na calha de um retorcido bom sinal
Namoro nas praças onde a fanfarra também leva
O meu sorriso
Juliana Paes e Bafomé, a concha vazia com as pélulas
Enfeitando musas decepadas e assim tão perfeitas
A caveira mágica, o céu a meia-noite e a aurora nésima
A gueixa e o sabre e o Brahma de barriga cortada
Para que jorrem os serafins!
MAIS EM:
http://oreinodalira.blogspot.com