VESPAS BRILHANTES

O barulho de densas águas na fonte

Do lacrimejar das paredes!...

As Górgonas do tempo passam e pairam

Sobre nós!

A bruxa bêbada num rodopiar cigano

E sua piaçava de fogo varrendo

Esses vendilhões.

A suástica hindu na minha coxa esquerda.

A criança que sopra o cata-vento que sopra

As saias da baratinha!...

Do colo da lua saem as vespas brilhantes.

E os cogumelos rizotônicos na ponta dos dedos

De bailarina!...

Proclamação de novos deuses no calcar da quinta

Dimensão!

O esboço de um cordeiro nu e as silhuetas em hemisférios

Sãos!...

Canonizada a fantasia, brotam de seus túmulos raízes

Em serpentina.

Um espaço de dois gumes, a abóbada vazia e seus cativos

Em meio a Saturnos anelares!...

O novo Candomblé praticado, batiza os filhos dos Reis.

A guerra dos tanques infláveis denúncia a falha dos Senhores

De ouro e sal!...

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