O SONHO
Eu venho percebendo algo curioso em mim
Os meus dedos enfraquecidos
Meus quebrantados dedos, a mercê do tempo.
A vossa mercê, da culpa ou do perdão? (é o que eu lamento)
Decidir se eu mato ou se eu me defendo
Participante do convite que me foi feito
Sobre a mesa, uma ilustrada arma.
Sob a mesa um mistério implícito, explicitado.
Quem me mostra a verdade?
Eu estou vivendo o meu sonho, e neste sonho não há regras.
Tem nele, minutos de silêncio, Um delírio meu sonhado.
Viver é assim, um direito de igualdade.
Enquanto um nasce, o outro vive enquanto o outro morre.
Eu ainda penso que cíclico é o mesmo que “viver"
Eu já matei a morte, fui fazendo amizade com a sorte.
E bem devagarzinho, fui.
E eu ainda sigo assim eu vou bem.
Eu to chegando perto, de onde?
Nesse mundinho que me deram, até que eu fui além.
Mas não tenho o direito de pontuar o fim
Do início do decreto, mas eu não revelo em letras.
Eu só o revelo em pensamentos
Esse meio encaminhado, e peco, e passos.
Eu sou um sacoleiro de pedras
E eu as guardo comigo, por vezes eu me defendo com elas.
Direitos e obrigadas praticas, estão no contrato.
Parece que eu quero confundir
Mas estou sonhando o meu próprio surto
Pois se você não entender vírgulas, aprenda a sonhar sozinho.
Quem sabe eu não tenha podido escolher o meu caminho
Mas por sonhar e ainda dominando o louco
Porque se eu não sou louco, quem o é?
Eu troco de sonhos só pra exercer o poder
Eu falo de mim, e te permito ler, eu sou mesmo assim.
Meu coração é a lagrima na injustiça
E o meu perdão é a falta de tato
Um sentido liberta o outro, e logo aparecem as formas.
Pensar é a overdose do viver
Eu venho percebendo algo curioso em mim
O sonho.