Pasárgada uma porra ! Um poema recifense.
Não quero ir prá Pasargada,
nem ser amigo do rei.
Eu quero é mijar nas esquinas
das ruas que vomitei,
depois de me encher de aguardente
com as putas a quem tanto me dei,
e hei de morrer aqui
tão liso como cheguei,
sem nem um puto no bolso,
vim liso liso partirei.
Nem sei onde fica pasárgada
que tanto falou Bandeira
quem sabe não foi uma viagem
depois de alguma bebedeira?
Pasárgada porra nenhuma
eu fico com Carlos Pena
que por qualquer coisa torpe
botava o Savoy em cena
e enchia o rabo de chope
na nossa cidade morena