Um dia eu conheci o esconderijo dos poetas

E lá estava eu mais uma vez,

caminhando feito corsa, com o sorriso de uma orelha a outra,

distraída que sou, sem perceber prá onde ia,

Entrei por acaso num beco estreito,

passando pela floresta dos sonhos,

e atravessando o lago as orquídeas,

entrei por acaso por um furo na pedra,

numa gruta luminosa..

E quando entrei havia cantoria,

Mas era suave, como canção de ninar,

Havia harpas, e flautas,

e homens e mulheres a dançar.

Ali bem ao meio havia alguém a recitar,

versos e rimas, bem compostos,

bem feitoria aos meus pobres ouvidos.

E boa curiosa que sou, e atrapalhada por oficio,

Interrompi toda aquela magia,

A música parou, e o ambiente ficou emudecido.

Então eu perguntei: onde eu estou?

E ancião com suas sandálias de tira,

com suas barbas brancas feito a neve,

e com um livro na mão, me disse:

Sinta-se a vontade minha filha..

Esta é a gruta dos poetas!

E eu fiquei demasiada alegre,

meu coração batia com vontade

Naquele lugar só tinha maluco!

Que ironia a vida me reserva..

Eu havia me encontrado..

Nina Blessed be
Enviado por Nina Blessed be em 06/08/2010
Código do texto: T2423040
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