AMOR POÉTICO II
*Observação: Há poucos dias, eu e a poeta sergipana, Tânia Meneses, publicamos em versos diluídos em um só poema, o AMOR POÉTICO. Combinamos que publicaríamos, cada uma, posteriormente, os poemas agora desvinculados. Este é o que escrevi:
Seiva bruta d’alma
Escorre líquida nos versos
Tal tinta na página branca
Desenhando figuras do sentimento
Ainda disformes, ora borradas
Conflituosas tramas d'alma e mente
Absorvidas, diluídas no poema
Tomam corpo, ganham coração
De inspiração, encharcado
No exercício do poeta
Visceral, derramando sedução
Por outro coração captado
Sequestrado, cativo
Fundem-se em paixão
Evocados os sentidos
A poesia tornou-se musa
Nos ditames da imaginação
Nos anseios mais profundos
De possuí-la inteira, em fogo
Ardem em chamas, duas almas
Pelas fagulhas do amor poético