SOU ASSIM...
Não te espelhes em mim
Sou individualidade sui-gêneris.
Perco-me por veredas,
Me encontro sem querer
Em lugares que não busquei,
Brinco e choro alternadamente,
Meu brincar é dolorido
É um esgar dos sentidos
Sem sentido,
Meu choro tem nuances azuis
Que colorem e acalmam
Minha alma.
Sou festa e desterro,
Exilo as ilusões
Por ilhas oceânicas
Mergulho profundezas abissais,
Me engalano de dores
Buscando amores
Na comemoração inútil.
Sou vida plena e vazia,
Despejo dejetos negros
No insondável,
Preencho a alma
No infinito cósmico.
Sou assim, dual
Mistério, dor
Amor, fantasia.