Sobre a Chuva que eu não sonhei cair...
tropego o bebado
cantarolava um verso banal
vênus que ele ja amara
convidando a entrar
o violão arranhado
protestava
eis que ja passam 18 dias
e nada de serenata
onde esta a morena
que se enamorava?
18 anos se passarao
que lhe corria 18 anos
correndo atras das garotas
tirou do bolso rasgado
uma folha e nela
14 versos
de um soneto mal rabiscado
acordei no 4 verso da minha vida
o bolero sem refrao
ainda na cabeça
tamborilando doces
sem agonias sem esperanças
dançando uma valsa
minha cabeça dança e dança
na ressaca de um mar sem sereias
ah! que pena
sem sereias
ah! que pena
que o mundo nao me viu
nos meu 18 anos
nao me notou nem sentiu
tamborilar 14 versos
de um soneto que eu perdi!
Ah! pena que o mundo
nao me ouviu cantar
as 18 canções que eu deixei
se espalhar se encharcar te esperar...
na doce chuva que eu nao sonhei!