A rosa e o cravo
Dizia a rosa para o cravo:
Seu amor é uma amizade que incendiou.
Surgiu serena cheia de compreensão e,
Comigo ficou...
Meu amor lhe permanece fiel!
Tolerante longe de fraquezas, somente a sua espera.
Sem lamentar...
Contenta-se em pacificar.
O cravo responde:
O que tenho por ti é uma lágrima...
Que corta o corpo sem piedade
E, tudo esconde.
Meu amor incendiou mais do que devia...
Também ficou esperando.
Quando o inverno chegou
Nem ligou se eu sofria.
Tenho o coração endurecido...
Sem sua presença não pude sufocar o que seguiu.
Um coração sem inocência não pode amar!
Tudo aquilo que ardia desvairado foi absorvido pelo frio.
Só restou esta lágrima...
Com ela devo passar pelo gelo da dor,
Separando da paixão a fraqueza,
Só assim merecerei o seu amor
De Magela/Joani Barros