A Imortalidade da Alma
As horas mortas do dia. A serenidade
Da manhã... O holocausto da noite...
A morbidez do crepúsculo lunar...
As faces desfiguradas do teu rosto
Teus olhos rutilantes espreitando-me.
Os raios solares eclipsados – A morte solar!
Estrelas etéreas, sublimes perpassam
A noite reveste seu manto sombrio...
O silencio noturno abafa o medo engendrado.
As pedras silenciam... O mar acalma-se:
As vagas, as ondas, o céu... O horizonte
Ao extremo de duas feições sinistras!
A infinitude subliminar da Via Láctea!
A pele enrugada no corpo rejuvenescido
A bola furada nos pés descalços
A mão estendida... O olhar vidrado
A compulsão nervosa dos músculos
O encéfalo codificado... A imaginação surreal
Um, dois, três, quatro... Anos findados
Os astros luminosos à velocidade da luz
O clarão da eternidade imortal!
Os meus dedos largos, tortos... Anormais
Um parafuso, solitário e confuso, na mesa
Um paraíso dentro de dois infernos
E a imortalidade da alma! Miserabilíssima!!!
(Escrito em meados de 2007/2008)