Entre o sol e o sal

O sol das palavras,

ilumina poemas

no céu de minha boca.

O sal e as lágrimas

cortam ao meio

todas as células.

Bêbedas miragens passam

além do olhar das almas,

e bem perto do nariz.

Eu penso e escrevo.

Ondas aceleradas

levam ao cérebro,

visões alucinadas.

Solitários clamam,

choram e adormecem

nos braços de amores,

seres de luz.

Ouço o vento a levar as folhas,

ouço as pedras nas horas

de delírio e lucidez.

Eu sou a luz a vagar desertos

na escuridão de mim mesmo.

Raimundo Lonato
Enviado por Raimundo Lonato em 06/07/2010
Código do texto: T2361714
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