As mãos reinventam

Por curvas suaves deslizam as mãos...

Ficam frias, firmes e se calam.

Não por omissão do que sentir.

Mas, pela escolha de uma instropecção.

O pensamento voa quando se têm olhos e mãos.

A boca não procura mais certezas...

Com uma forma tão coesa,

Surpreende a emoção.

Quantos, dos meus pensamentos deslizam

Nas pontas dos dedos?

Como olhos silenciosos que procuram

Palavras que não foram ditas.

Na imensidão da lágrima triste...

Quantas vezes essas mãos

Procuram o que não

Mais existe?

Por isso, tenho uma certeza...

Quando minhas mãos

Encontram seu corpo:

É que o meu coração se habita.

Tudo se encaixa.

O tempo se desgasta...

Tudo o que ele tenta...

As mãos reinventam.

De Magela

DE MAGELA POESIAS AO ACASO
Enviado por DE MAGELA POESIAS AO ACASO em 02/07/2010
Código do texto: T2353990
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