As mãos reinventam
Por curvas suaves deslizam as mãos...
Ficam frias, firmes e se calam.
Não por omissão do que sentir.
Mas, pela escolha de uma instropecção.
O pensamento voa quando se têm olhos e mãos.
A boca não procura mais certezas...
Com uma forma tão coesa,
Surpreende a emoção.
Quantos, dos meus pensamentos deslizam
Nas pontas dos dedos?
Como olhos silenciosos que procuram
Palavras que não foram ditas.
Na imensidão da lágrima triste...
Quantas vezes essas mãos
Procuram o que não
Mais existe?
Por isso, tenho uma certeza...
Quando minhas mãos
Encontram seu corpo:
É que o meu coração se habita.
Tudo se encaixa.
O tempo se desgasta...
Tudo o que ele tenta...
As mãos reinventam.
De Magela