Temos tempo?
O nosso tempo, nunca acontece...
Nossa canção toca na hora errada.
Será, prenúncio de algo profundo,
premonição, algo que nunca será?
Envolvem-se a alma e, o desejo,
como o amor, ao fogo e a paixão.
A crueldade do tempo vem e apaga,
como parte de algo que não se vê...
Mesmo assim o cheiro que exala,
pela pele, é puro desejo, vontade,
o encanto, longo e tão duradouro,
que pelo corpo, escorre a verdade...
Cresce ainda mais a doida emoção,
pelas suas palavras, ditas ao ouvido.
Ah! Como me atiça... Como é bom...
Esse seu jeito, essa sua feminilidade...
Venha. Já estou aqui à sua espera.
Não se acanhe. A fome é tamanha,
que eu lhe prometo a grande fartura,
da colheita de você, dentro de mim...