PORTO

Te vejo e não te escuto; estou preso no vento e na tormenta. Penso na rainha do tempo; Tempo perdido vendo fotos queimadas, filhos que não cresceram. Agora é tarde e não se pode mais voltar; somente em lembrança, revendo recordamos, mesmo cegos. Apenas teu cheiro respeito. Me abstenho e responsabilizo pelos gazes que não vemos.

Acredito que seja bom viver e sonhar; não quero jamais que em ti deixe de ser. Os anjos te guiarão para a felicidade e irão consagrar tua liberdade e felicidade. Tem um coração vivo cheio de sangue, ardendo por você naquele sol de ontém. Um navio nos espera à solitude e na verdade; passo por passo, mar ao mar, olho no olho, de olhar para olhar. Porto.

Tua doçura , aguça no relento, Uma locomotiva sai a ignorar tuas entradas, as que entendo são as portas do meu lar. Tua ausencia é meu tempo presente. Anseio ao reencontro da futura paz de agora.

Poeta Liso Carenu

Liso Carenu
Enviado por Liso Carenu em 30/06/2010
Código do texto: T2350225
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