FANTASMA FOLCLÓRICO
 
OUVIA LONGE
O SOM DA POESIA
O HINO DA ALEGRIA
QUE ERA UM RISO
QUE NUNCA OUVI BEM CLARO.
PARA UM POETA É LUSCO-FUSCO
UM TIPO DE SURTO
UM TÍMPANO EM CURTO CIRCUITO...
MAS O EFEITO ERA UM DISPARO
UM RISO METIDO NO CIO,
TALVEZ FOSSE SÓ ALQUIMIA
O QUE SÓ EU OUVIA.
TALVEZ NÃO FOSSE NEM ISSO
TALVEZ FOSSE SÓ ENGUIÇO.
MAS QUEM SOU EU
PARA ESTABELECER DIFERENÇA,
ENTRE A RISADA QUE EU OUVIA
E O SINAL DA ADVERTÊNCIA?
HOJE POUCO IMPORTA,
O RISO QUE OUÇO
É O SILÊNCIO DIZENDO:
-NÃO HÁ MAIS ALMA
ATRÁS DA PORTA...
 
 
 
Cristina Jordano
Enviado por Cristina Jordano em 29/06/2010
Reeditado em 30/06/2010
Código do texto: T2348867
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