O poema do goleiro

(Reza a sabedoria popular, que o goleiro é tão desgraçado que onde ele pisa, nem grama nasce)

Tendo perdido a cabeça,

Foi procurá-la num campo de futebol,

Estava louco.

Encontrou-a vilipendiada,

Chutada de pé em pé.

Em desesperado arroubo de coragem,

Roubou-a dos algozes que a maltratavam,

Agarrando-a em pleno voo,

Vã tentativa de recuperar a sanidade.