CAMINHOS DO SER SÓ
Abrir os olhos do corpo
Perder-se no meio do nada
Não saber o ponto de partida
E muito menos o de chegada
Caminhar sem saber o que alcançar
Seguir sem encontrar qual sentido tomar
Tocar o mais alto do cume
E não encontrar o caminho do mar
Viver a esperança intocável
E não saber onde irá acabar
Ver os seus sonhos destroçados
E ter que com eles somar
Viver cada segundo vazio
Sonhando a luz enxergar
Cansado da longa estrada
Sentir a brisa no ar
Acalento de um ser peregrino
É buscar a rota estelar
Seguir em noite escura
Estrelas de luzes solar
Guiar-se por entre os espinhos
E não saber desviar
Correr sozinho descalço
Sentindo seu corpo flutuar
Parar na beira do abismo
E não ter asas para voar
Exausto, depois de tantas batalhas
Umas ganhas outras perdidas
Fechar os olhos da vida
E ter outro prisma para visualizar
No fim da mais longa jornada
Mirar-se no espelho da alma
E ver que o mais puro espírito
Esta diante do altar
Entender que o ser sempre foi o caminho
E a rota leva sempre ao PAI...