Ia

Em vida.

Duna areia desfia,

Caixa vazia.

Nem dentes arrancados na porta da tia.

Filho que nasceu, cresceu e esqueceu a família,

Negando a mãe, sem afagar-se na sua saia

Em tida.

Não me mescla em Elidia

Entre dia e noite o engendro do dia.

Em ferida.

Entrelaces e cigarros havia

Caminho, um via

Dos fracos, andar descalçado aonde ia.

Em ida.

Encalacrado em vela a companhia

Ao passos da terra esvaia,

Alma ao nada iria,

O cogito angustiante seria

Ultimo verso quando partia.

Daí.

Tia partia,

Desfia vazia a companhia da ferida família,

Elidia ida no dia, tida sem saia, esvai.

Havia vida, uma via iria.

Seria vazia aonde ia?