Vampira
Eu olho por aí teu doce riso saciado,
e um fino rastro de sangue no olhar,
sinto o gelo na tua alma jogado,
neste eterno e cambaleante buscar!
Que trágico flutuar entre humanos
nas horas mortas da tua vida,
e no marfim de teus dentes profanos,
a inesperada e bucólica mordida!
É triste recusar o perfume da flor,
preferindo na noite o menu maldito,
poderia em seus olhos ver o amor,
mas teu destino com sangue está escrito!
Se tenho pena da tua sede estranha?
Ou inveja de voar na noite que passou?
Confesso invejar a aérea façanha,
mas não a pele que seu dente perfurou!
Malgaxe