Prisma em reflexo
O olho
Põe-se a vagar
Tateando a dança do ar
No espaço aqui encontrado;
Fleuma do olhar inerte e aquoso
Pérfido e soslaio, acompanha o vento,
Em que se faz presente em vão momento
Pavorosa lembrança, tempo a assolar.
Um vergel cinza e negro, de flores
Lúgubres. Prendem e ocultam,
Meus olhos estáticos.
Vidrados em fedo
Penar.
Rio de Janeiro, 28 de dezembro de 2009.