Prisma em reflexo

O olho

Põe-se a vagar

Tateando a dança do ar

No espaço aqui encontrado;

Fleuma do olhar inerte e aquoso

Pérfido e soslaio, acompanha o vento,

Em que se faz presente em vão momento

Pavorosa lembrança, tempo a assolar.

Um vergel cinza e negro, de flores

Lúgubres. Prendem e ocultam,

Meus olhos estáticos.

Vidrados em fedo

Penar.

Rio de Janeiro, 28 de dezembro de 2009.

Well Calcagno
Enviado por Well Calcagno em 14/06/2010
Código do texto: T2319103
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