Filho de uma limpeza

Corroídos e acidulados,

Perdidos pelos lados,

Parados na própria bunda,

Instigados ao confronto,

Gente besta versus gente muda.

Uma bacia nos inunda,

A espuma nossa placenta,

Somos novos seres,

Somos mostrados, abertos e futricados,

Trincados e com acabamento defeituoso,

Em curto circuito a máquina pega fogo,

Um varal se rende as chamas,

Porem sempre haverá o filho da lama de carnaval,

Bastardo de léguas,

Encarregado de lhe penetrar.

Ele é aquele alguém que te ferra pra dentro da sua barcaça,

Hoje parceirão! Flutua sobre uma zona de guerra,

Seus remos não conseguirão subverte seu destino,

Será suíno,

Terá caminho e remanso,

Porem pedra e pau também.

Poema do livro "Entre um e o Aladim"-Leon de Aguiar