Uma conclusão e um passo
Um passo a frente por mim foi dado
Para o conforto da queda sentir
Nesse abismo disforme
Que se encontra em cada pensamento,
Na decepção de chegar em cada conclusão,
De saber que estamos fadados
As ruínas da decadência
Das quais nossos antepassados previam
Na ânsia de tentar entender
Se eu, mero ser insignificante
Me sinto de tal forma,
Como os mares e as rochas,
E o céu e a terra
Com sua infinita vivencia
Suportam o descaso e a moléstia
Causada pelos bípedes dominantes?
Então com os braços abertos
A apreciar e infindável queda
Não me senti mais só
Pois com o vento a cortar o rosto
pude ouvir o sussurro das nuvens
E o grito das pedras
Desesperados e sedentos
Aguardando pela paz da entropia...
... e ainda não encontrei o solo...