O metrô
O metrô avança um metro sem sentido
Por de baixo do concreto pensamento
Transportando incertezas sem destinos,
Libertando da distância a consciência.
O metrô desfaz o ciclo do destino
E propõe o refutar do espaço-tempo.
Leva o sonho pela beira do abismo
Revelando o desvio do intento,
O metrô transcende as gotas flutuantes,
Na clareza do espelho que nos cerca
Dá idéia de universo escuro e infindo,
Porém apenas é o limite o que reflete.
Rio de Janeiro, 06 de Junho de 2010.