PRELÚDIO
Ainda que eu não grite e
Minha garganta se canse
De tanto silêncio,
Ainda que haja espanto e
Minha alma não estremeça e
Veja no absurdo, o natural...
Ainda que eu insista em
Respirar e meus pulmões se
Cansem de tanto fôlego,
Ainda que a esperança
Perca as forças batendo
Em minha porta e o
Desespero da alma me
Arrebata o coração,
Ainda que o amor antigo
Flua outra vez no meu peito e
Eu me canse de ter a
Companheira,
Ainda que as pessoas me rodeiem
E eu anseie a mais tortuosa
Solidão, ainda que eu diga não
Com um sim estampado nos olhos,
E os sonhos morram
Antes que o sono chegue,
Ainda que tudo isso (se isso
For alguma coisa) aconteça ou
Não, então vou continuar a
Cultivar o meu silêncio!
Pra depois enfim, começar, não a
Falar ou pensar em mim,
Mas sim, viver o que posso
Ver como vida, e amar o que
Verdadeiramente
For amor!!!...