PRELÚDIO

Ainda que eu não grite e

Minha garganta se canse

De tanto silêncio,

Ainda que haja espanto e

Minha alma não estremeça e

Veja no absurdo, o natural...

Ainda que eu insista em

Respirar e meus pulmões se

Cansem de tanto fôlego,

Ainda que a esperança

Perca as forças batendo

Em minha porta e o

Desespero da alma me

Arrebata o coração,

Ainda que o amor antigo

Flua outra vez no meu peito e

Eu me canse de ter a

Companheira,

Ainda que as pessoas me rodeiem

E eu anseie a mais tortuosa

Solidão, ainda que eu diga não

Com um sim estampado nos olhos,

E os sonhos morram

Antes que o sono chegue,

Ainda que tudo isso (se isso

For alguma coisa) aconteça ou

Não, então vou continuar a

Cultivar o meu silêncio!

Pra depois enfim, começar, não a

Falar ou pensar em mim,

Mas sim, viver o que posso

Ver como vida, e amar o que

Verdadeiramente

For amor!!!...

Willian Marques
Enviado por Willian Marques em 06/06/2010
Código do texto: T2302456
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