A carne nua e crua
Proveniente do sabor da madrugada!
Distingüe-se do jeito salgado,
Ou mero sabor adocicado?
Provada em um simples
Beijo gelado!
Coberto pelo céu estrelado...
A carne crua:
Cortada de forma sanguinária!
Distribuída nos contornos
Do teu sangue,
Artérias perdidas
No infinito do cosmo!
A carne nua:
No sorrateiro momento noturno;
No barulho do beijo diurno
Ou no mesmo momento oportuno
Roubando um toque soturno!
A carne crua:
Degustada em qualquer paladar,
Sobre a mesa de um certo jantar
Que oferece sabor de amar!
Pra quem olha ou tenta provar...
A carne nua:
Embrulhando na pele no frio,
Em que nenhum toque é vazio
Mais sua boca me traz calafrio
No olhar e nesse beijo sombrio!
E a carne crua,
Derrama tinta vermelha,
Sobre a nudez da carne nua
Enganando todos os paladares!
Que contempla seus devaneios...
Gessé Cotrim®
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