A carne nua e crua

Proveniente do sabor da madrugada!

Distingüe-se do jeito salgado,

Ou mero sabor adocicado?

Provada em um simples

Beijo gelado!

Coberto pelo céu estrelado...

A carne crua:

Cortada de forma sanguinária!

Distribuída nos contornos

Do teu sangue,

Artérias perdidas

No infinito do cosmo!

A carne nua:

No sorrateiro momento noturno;

No barulho do beijo diurno

Ou no mesmo momento oportuno

Roubando um toque soturno!

A carne crua:

Degustada em qualquer paladar,

Sobre a mesa de um certo jantar

Que oferece sabor de amar!

Pra quem olha ou tenta provar...

A carne nua:

Embrulhando na pele no frio,

Em que nenhum toque é vazio

Mais sua boca me traz calafrio

No olhar e nesse beijo sombrio!

E a carne crua,

Derrama tinta vermelha,

Sobre a nudez da carne nua

Enganando todos os paladares!

Que contempla seus devaneios...

Gessé Cotrim®

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Gessé Cotrim
Enviado por Gessé Cotrim em 31/05/2010
Código do texto: T2290152
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